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A evolução do design da Camisa Oficial da Seleção Brasileira

A evolução do design da Camisa Oficial da Seleção Brasileira

Com mais de 100 anos de história, a Seleção Brasileira carrega um legado de uniformes lendários.

Histórica. Atemporal. Pesada.


Temas como esse geram um nervosismo absurdo e um prazer imenso ao mesmo tempo. Falar sobre a Evolução das Camisas da Seleção Brasileira que acompanham as gerações da lendária e centenária equipe é uma tarefa complexa, mas que alimenta ainda mais o folclore de um esporte nacional e vitorioso.


Com camisas “banidas”, participação popular, novas tecnologias, patrocinadores diversos e até mesmo uma onça-pintada, o país do futebol possui até hoje um ícone reconhecido internacionalmente que encanta e demonstra a importância que essa camiseta amarelinha possui.



No princípio, veio o branco (com azul)


O primeiro jogo oficial da Seleção Brasileira aconteceu em 1914, marcando não só a primeira vitória por 2x0 da equipe mais campeã do mundo em cima dos ingleses, como também o início do que seria uma evolução constante no campo dos uniformes que, inicialmente, foi branco com detalhes azuis nas mangas.


Essa não seria a última vez que a equipe utilizaria da combinação alviceleste nos seus uniformes. Seguindo por anos a fio em seus jogos e conquistando campeonatos sul-americanos, o desfecho e “banimento” desse estilo se deu em 1950 com o “Maracanazo”.



O verde, amarelo e o fim do branco com azul


Imagine esse cenário: uma Copa do Mundo é realizada no seu país. Um estádio famoso, conhecido até hoje, foi construído e pensado para receber mais de 200 mil pessoas que observaram as equipes mais talentosas do mundo disputarem o título. A ideia é que seja uma festa e tanto para o time da casa com um cenário tão favorável assim. Mas, infelizmente o dia 16 de julho de 1950 marcou uma das derrotas mais dolorosas da Seleção Brasileira.


Perdendo de virada para o Uruguai com o Maracanã lotado, o Brasil leva o 2x1 em casa em um “Maracanazo”, acabando com a festa e alegria que acompanhava a campanha da equipe, levando ao banimento da camisa branca em Copas do Mundo que a Seleção Brasileira participou até então.



Um novo uniforme: feito pelo povo


Se recuperando do que havia acontecido a pouco tempo, uma repaginada precisava ser feita na Seleção Brasileira. Seguir em frente era necessário, e porque não com um uniforme novo para sua equipe, não é mesmo?


Foi partindo dessa ideia que o jornal carioca “Correio da Manhã” promoveu, em 1954, um concurso que definiria qual seria o novo modelo da Camisa da Seleção Brasileira. Os leitores poderiam mandar suas ideias e o vencedor seria escolhido, definindo o design oficial das peças de roupa.


Entre milhares de ideias enviadas, o vencedor se deu pela escolha de cores feitas por Aldyr Schlee. Sendo Jornalista, desenhista e professor de direito, a escolha do amarelo ouro em combinação com detalhes em verde, gola polo em V, acompanhado do calção azul celeste, ganhou o carisma do público e iniciaria uma campanha vitoriosa.



Em 58 foi Pelé, em 62 foi o Mané…


As mudanças de fato foram relevantes para a equipe tupiniquim. E isso pôde ser visto com a conquista da primeira Copa do Mundo pela Seleção Brasileira, mas agora com o surgimento de uma coadjuvante que muitas vezes (inclusive em 1958) foi protagonista: a Camisa Azul.


Ambas com gola polo, tornaram-se ícones em pouco tempo, sendo relevantes até hoje na história do nosso futebol. Sendo utilizada como um improviso para enfrentar a Suécia que usava um amarelo parecido na final da copa, o Brasil faria 5x2 com um show de Pelé e Garrincha, a dupla levaria o troféu pra casa pela primeira vez.


E o feito foi repetido na edição seguinte, em 1962. Realizada no Chile, o Brasil venceria a Tchecoslováquia por 3x1 na final, garantindo o bicampeonato para os brasileiros, aumentando a relevância da equipe e dos nossos jogadores no cenário mundial e tornando o manto da Seleção Brasileira cada vez mais “pesado”.



Em 70 foi o esquadrão, primeiro a ser tricampeão!


O cenário nacional em 1970 era diferente de todos os anteriores para a Copa do Mundo realizada no México. Depois de uma participação apagada na copa de 66 e mudanças realizadas de última hora no comando da equipe, muito influenciado pelo governo ditatorial da época, uma pressão maior era gerada em cima dos jogadores.


Seria a última Copa do Mundo disputada por Pelé, o Rei do Futebol que já estava com 29 anos, e sua despedida foi em grande estilo, não só levando o título ao derrotar os italianos por 4x2 e consagrando a equipe brasileira como a primeira a ser tricampeã, como também pelos uniformes. Em um visual moderno, já com o logo definido da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), a gola redonda e careca nas camisetas amarela e azul conquistaram o mundo novamente, transformando a Seleção Brasileira em um ícone internacional do futebol.



Jejum de títulos, novos patrocinadores e o Tetra!


Os anos que se seguiram desde a conquista do tri em 1970 foram difíceis de aceitar para, a até então, maior campeã do mundo. Passados 24 anos de espera com eliminações dolorosas, times e jogadores lendários vestindo a “Canarinho”, além de trocas de patrocinadores esportivos, foi em 1994 que o Brasil voltou a sorrir e conquistar o mundo.


O algodão já não fazia parte do vocabulário dos materiais esportivos. Sendo substituído aos poucos por materiais sintéticos de poliéster que se mostravam mais leves em campo, a seleção teve parcerias com fornecedores de materiais esportivos como a alemã Adidas e a argentina Topper, mas foi com a Umbro que o título veio novamente, mas dessa vez com muita emoção. Com um visual bem anos 90 que abusava de estampas diferentes, cores vibrantes e marcas d’água em evidência.


O campeonato realizado nos Estados Unidos reuniu mais de 94 mil pessoas que assistiram ao empate sem gols entre Brasil e Itália chegarem às penalidades. Conhecido hoje como “o jogador que morreu de pé”, Roberto Baggio erra a cobrança decisiva para a seleção italiana ao chutar por cima do gol de Taffarel e garante a quarta conquista, a quarta estrela, para a história do país do futebol, e consequentemente mais uma estrela para acompanhar as que já estavam presentes nessa Camisa tão amada.



A parceria com o “swoosh” e o Penta!


Em 1997 a Nike entra como nova patrocinadora esportiva da maior seleção do mundo, substituindo a Umbro, e suas mudanças podem ser vistas não só nos designs icônicos das camisas lançadas desde então, como também nas tecnologias de tecidos que acompanharam o início do século XXI.


O começo da parceria não é muito animador para o Brasil. Perdendo a final contra a França, que jogava em casa, em um cenário confuso e nada favorável para nossos jogadores, o primeiro par de Camisas da Seleção Brasileira é marcante no seu design minimalista que ressalta as cores da nossa bandeira, mas representa mais um momento que gostaríamos de esquecer.


Entretanto, é em 2002 com a Copa do Mundo realizada na Ásia que o Brasil volta a sentir o gosto de campeão depois de alguns anos, fazendo com que a marca do “swoosh” debute e acompanhe a conquista de mais um título mundial pela equipe brasileira. 


Com um design rebuscado de listras diagonais nos flancos e o retorno da gola polo na Camisa Azul, utilizada na virada em cima da Inglaterra nas quartas de final, com direito a uma atuação de gala do Ronaldinho Gaúcho, o kit de 2002 foi para um lado oposto ao minimalismo das Camisas anteriores e ficando na memória pelas atuações impecáveis dos nossos jogadores.


Fazendo 8 gols, inclusive na final, em uma edição digna de se “tirar a Camisa” e se tornando o artilheiro, muitos se lembram com emoção das atuações de Ronaldo e Rivaldo que marcaram os dois gols na “impenetrável” defesa alemã que tinha um dos principais goleiros da época, Oliver Kahn e imortalizando mais um modelo de uniforme do Brasil.



Inovações, legado e busca por uma nova identidade


Em um cenário mais comercial e tecnológico do que nunca, a seleção que é conhecida por ser a que “joga bonito” não obteve tantos resultados positivos em Copas do Mundo recentes. 


Depois de eliminações em 2006 e 2010, um 7x1 contra a Alemanha em 2014, assim como 2018 e 2022 com elencos que não tiveram o resultado esperado, seus designs evoluíram junto com a tecnologia, chegando até ao “animal print” presente na copa mais recente com a presença da onça-pintada em seu estilo, mas talvez o futebol ainda não tenha se encontrado no meio disso tudo.


Ainda com a Nike a frente do fornecimento dos materiais esportivos, a Copa de 2026 traz novas expectativas para os uniformes de uma equipe multicampeã, que possui itens lendários que podem “entortar o varal” de qualquer um.


Depois de tudo o que vimos sobre os uniformes da Seleção Brasileira de Futebol ao longo dos anos, podemos perceber que os uniformes vão além de um simples pedaço de tecido. Eles nos representam como país, carregam nossas cores e torna-se um símbolo de toda a história dentro e fora dos campos. História essa marcada por jogadores de diferentes posições sociais, por heróis da nação e lendas que escreveram seus nomes nos livros, nos jornais e que estão nas 5 estrelas do país mais vitorioso do mundo.

Gustavo Nunes autor (a)
Gustavo Nunes

Autor (a)